Mensagem Aruna- 15.07.10 – recebida por Ana Rita Pedrosa
Os espelhos de água
Hoje venho falar-vos um pouco mais sobre a água do vosso corpo como um todo, venho falar-vos de espelhos de água. Mas o que são espelhos de água podem vocês perguntar? Espelhos de água acabam por ser cada um de vós. No entanto, venho-lhes também dizer que os espelhos, conceito até então utilizado por vós para designar quando alguém exterior a vós mesmos, reflecte algo de vocês próprios, está simplesmente a acabar.
Mas primeiro e antes de explicar este tão controverso conceito entre vós, vou falar-vos um pouco dos espelhos de água. E vou-vos acompanhando, pedindo que realizem um pequeno exercício comigo. Olhem para uma qualquer local onde exista água. Vocês verão e sabem também que uma das propriedades da água é a sua capacidade de reflexão. A água reflecte uma boa parte das partículas de energia que com ela embatem. A não ser as que possuem um determinado comprimento de onda e consequentemente uma determinada frequência, mas isso será um tópico para uma próxima conversa.
A água reflecte o que está no seu exterior imediato. Portanto, quando olham para uma superfície de água podem-se ver reflectidos nela. Realmente o conceito de ser um “espelho” do outro vem desta mesma propriedade. A água de cada um, pode reflectir uma imagem exterior da pessoa que está ao vosso redor, e quem diz de uma pessoa diz de tudo o que vos rodeia. O ambiente exterior em todas as suas manifestações.
Agora peço-vos que mergulhem uma parte do vosso corpo na agia, e digam-me, o que acontece? Parece que a vossa pele perde o seu brilho não será? Isto é explicado por precisamente deixarem de reflectir uma boa porção da energia que vos rodeia, seja ela luz ou sombra. Quando mergulham alguma parte na água, a superfície de água que fica acima (o espelho) “impede” que esse exterior se reflicta na vossa pele. Deste facto podemos retirar duas elações, e é ai que eu pretendo chegar: Primeiro, que quando vocês se permitem mergulhar na vossa água, o reflexo daquilo que acontece no vosso exterior não interfere na mesma medida, não chega mais a vós. Em segundo, e o mais relevante é que ao fazerem isto, ficam despidos deste espelho. A vossa pele deixa de reflectir e ser reflectida pelo que quer que seja que vos rodeia. Isto não é mais do que se despirem de todas as possíveis influências do exterior, para que se possam ver exactamente como são e mais importante, verem exactamente o que são. Passam a ver a essência, a luz que são, sem necessitarem de a ver através de alguém ou algo a reflectir.
Sintam a profundidade da vossa essência (não é por acaso que ela reside profundamente atrás do vosso coração físico), da vossa luz, da vossa divindade, ao mergulharem cada vez mais fundo em vocês mesmos, na água que vos constitui. Ao fazerem isto deixarão de a procurar reflectida no exterior, deixarão de precisar de ver a vossa beleza, a vossa luz, a vossa graça espelhada em algo exterior a vós mesmos, ou espelhada nos olhos de um outro alguém. Porque tudo o que procuram que os outros vejam, tudo o que procuram que os outros lhes mostrem, poderão encontrar ainda mais, dentro da vossa própria água, dentro do vosso próprio espelho de água. Esse é o único verdadeiro, esse é o único real para cada um, e esse é o único onde realmente se poderão ver e sentir como realmente são!
Percebem agora por que vos disse que os espelhos estão a acabar? Cada vez mais está-vos a ser pedidos, e vocês próprios o sentem, para se deixarem de definir por aquilo que os outros espelham de vós mesmos. Para deixarem de procurar seja o que for reflectido em algo exterior a vós. Chegou a hora de cada um se reconhecer como é, sem espelhos no outros, de cada um usar o seu próprio espelho e se sentir completo, se sentir feliz, se sentir digno e uno consigo mesmo. Portanto, sejam capazes de reconhecer a vossa essência no vosso próprio espelho de água. Não esperem mais que seja um outro alguém a fazê-lo por vós. Isto é assumirem a vossa divindade, é assumirem a vossa luz, é assumirem o vosso próprio espelho de água!
Mergulhem profundamente na vossa água e dispam-se para a vossa própria essência, permitindo que seja ela a definir-vos enquanto a pessoa humana que são aqui e agora.
Bem hajam!
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